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domingo, 29 de agosto de 2010

BIOTECNOLOGIA: ORGANISMOS TRANSGÊNICOS.

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Hoje estão disponíveis métodos para se manipular o DNA eucariótico em vetores microbianos, mudar pares de bases específicos em um gene e reintroduzir o DNA em organismo eucarionte de onde ele veio. A biotecnologia é a aplicação das técnicas de DNA recombinante aos animais, plantas e microrganismos, comercialmente importantes. Os organismos transgênicos modificados pela inserção de DNA exógeno específico passaram a ter um lugar central na genética molecular, pois permitem modificações altamente específicas no genoma, ajustáveis às necessidades do pesquisador.
         A terapia gênica humana é uma aplicação especial da tecnologia transgênica, a terapia germinativa objetiva incorporar algumas células transgênicas a linhagem original de modo que ela pode ser passada para os descendentes e a terapia somática introduz células geneticamente modificadas ao corpo.
         A biotecnologia é o estudo das técnicas e dos processos biológicos associados a obtenção de produtos de interesse humano, através da modificação de organismos.
         O uso da biotecnologia pelo homem era feita antes mesmo de conhecer os microrganismos. A confecção de pão e a produção de vinho são exemplos do uso de microrganismos para fabricação de alimentos. O conhecimento dos organismos e o aperfeiçoamento de técnicas auxiliaram o homem no desenvolvimento de produtos agropecuários e farmacêuticos.
         O DNA recombinante é hoje uma das tecnologias mais estudadas, através de enzimas de restrição é possível seccionar o DNA em pontos específicos e inserir o DNA de outro organismo, formando assim um DNA recombinante, ou seja, um DNA resultante da “soldagem” de materiais genéticos de seres de diferentes espécies.
         A enzima de restrição é uma enzima produzida por algumas bactérias para defesa contra vírus, fragmentando o material genético do vírus.
         O geneticista Paul Berg, em 1970, desenvolveu essa técnica, valendo-lhe o Nobel de química em 1980.
         No processo de obtenção de DNA recombinante as bactérias Escherichia coli são as mais usadas, essa bactéria possui além do DNA cromossômico, moléculas menores de DNA chamadas plasmídeos. Estes são isolados e seccionados com enzimas de restrição e em seguida ocorre a inserção de um DNA “estrangeiro” no plasmídeo, formando o DNA recombinante que é então inserido em uma bactéria e esta passa a produzir determinada substancia desejada.
         As bactérias geneticamente modificadas tem sido muito utilizadas para a produção de vacinas, anticorpos e hormônios de interesse para o homem.
         Os seres transgênicos são aqueles que recebem e incorporam genes “estrangeiros” no seu material genético. Hoje não só bactérias são modificadas, mas também plantas e fungos são usadas para estudo do DNA recombinante.
         As plantas transgênicas são cultivadas e comercializadas trazendo alguns benefícios como serem mais resistentes a pragas, reduzindo o uso de produtos químicos, reduzindo a contaminação do solo e lençóis freáticos, aumento da produtividade agrícola.
         Tem-se questionado o uso de alimentos transgênicos devido ao pouco conhecimento do mesmo relacionado ao efeito em nosso organismo, como também o impacto ambiental que pode ser gerado.
         A aplicação de transgênicos vai alem da produção de substancias produzidas para uso farmacêutico. A terapia gênica é outra técnica usada com o beneficio do DNA recombinante.
         A terapia gênica consiste em eliminar genes deletérios ou inserir genes normais em células de pessoas portadoras de genes responsáveis por determinadas doenças.
         Em 2001, cientistas norte-americanos anunciaram a produção do primeiro primata transgênico. Outros animais já foram produzidos como roedores, cabras, porcos e ovelhas, mas o sucesso da produção de um primata vem do fato de ser um animal mais aparentado com o homem, tornando possível o desenvolvimento de genes humanos em outros primatas possibilitando o estudo de doenças como Alzheimer e Parkinson.  


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